No dia 7 de abril diversas comissões de Utentes da Saúde marcaram presença nas iniciativas organizadas pela Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, junto de alguns hospitais públicos do país, protestando contra as políticas que fragilizam e procuram pôr em causa o Serviço Nacional de Saúde.
A primeira concentração foi junto do Hospital de S. João, no Porto, onde centenas de pessoas, organizadas pela Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, com a presença do MUSP, assinalaram o dia Mundial da Saúde, manifestando a sua indignação pela forma como as políticas do governo têm posto em causa o Serviço Nacional de Saúde, designadamente com a privatização de Unidades Locais de Saúde e de transferência para gestão privada de hospitais públicos.
Nesta concentração no Porto, o representante da Direção Nacional do MUSP, Adérito Machado, realçou a importância de, no âmbito do próximo ato eleitoral, os utentes terem a obrigação de denunciarem as soluções políticas que ponham em causa o SNS, público, universal, e tendencialmente gratuito, tal como está definido na Constituição da República Portuguesa.
Meia hora depois mais uma concentração acontecia no Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre e pelas 11h00 mais de uma centena de manifestantes se concentravam junto ao Hospital de Vila Franca de Xira.
Esta concentração contou com a presença de Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, Sebastião Santana, coordenado da Frente Comum de Sindicatos da Função Pública e representantes das Comissões de Utentes dos Concelhos do Estuário do Tejo. Ramiro Bom, membro desta organização de utentes e membro da Direção Nacional do MUSP, eleita em meados do mês passado, em Coimbra, no 15.º Encontro Nacional, revelou que são mais de 120 mil os utentes, daquela área, sem médico de família, que o hospital tem uma taxa de ocupação que já vais nos 105% e o encerramento da urgência pediátrica naquele hospital. Ramiro Bom disse ainda que, nos últimos três anos, aquelas organizações de utentes do Estuário do Tejo já desenvolveram mais de 22 ações em defesa do SNS. Presente nesta concentração estiveram também representantes da Plataforma Lisboa em Defesa do SNS.
Idênticas concentrações realizaram-se também no Hospital de Faro, no Hospital Geral dos Covões, em Coimbra e no Hospital Garcia da Horta, em Almada.
MUSP 